Cinco Mulheres
"Cinco Mulheres" é uma série que explora a vida e o legado de figuras femininas icônicas da história do Brasil. Cada episódio combina diálogos ficcionais entre as atrizes nos bastidores da montagem de cinco monólogos, trechos desses monólogos e depoimentos de especialistas. As gravações ocorreram no icônico teatro do Sesc Consolação, em São Paulo, onde o lendário diretor Antunes Filho (1929-2019) fundou o Centro de Pesquisa Teatral (CPT). Este espaço, ativo desde 1982, é um dos mais prestigiados na cena teatral brasileira, tendo formado mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentado 46 espetáculos sob a direção de Antunes Filho.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
12
GÊNERO:
Documentário
REGIÃO:
Sul
NÚMERO DE EPISÓDIOS:
5
DURAÇÃO MÉDIA DOS EPISÓDIOS:
26
DIREÇÃO:
Paulo Sergio Markun
SOBRE A DIREÇÃO:
Paulo Markun: Jornalista, escritor e diretor de séries e documentários, Paulo Markun tem 63 anos. Começou na profissão em 1971, antes mesmo de formar-se pela Escola de Comunicações e Artes da USP em 1974. Como apresentador de TV, Markun comandou os programas SPTV 2a edição, da Rede Globo, Oito e Meia, da Rede Bandeirantes, Imprensa na TV, Fogo Cruzado e Questão de Ordem, na TV Gazeta, Noite e Dia e Jornal da Manchete, na Rede Manchete e Jornal da Record e São Paulo à tarde, na Rede Record e por dez anos, foi âncora e diretor do Roda Viva, da TV Cultura. Entre 2007 a 2010, exercer o cargo de diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta. Eleito o melhor apresentador de televisão em 1986, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, por sua atuação no programa São Paulo na TV, que inovou a maneira de fazer jornalismo na TV brasileira. Em 2005, foi indicado para o prêmio Juca Pato, de intelectual do ano. Três anos mais tarde, foi eleito o melhor executivo de comunicação pelo prêmio Comunique-se em 2008. Vencedor do prêmio Jabuti na categoria não-ficção em 2015, com os dois volumes de Brado Retumbante – Na lei ou na marra e Farol alto sobre as diretas – Markun escreveu outros 11 livros de não-ficção. Atuou como repórter, editor, colunista, chefe de reportagem e diretor de redação em grandes veículos de comunicação da mídia impressa: DCI, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Jornal da República, Opinião, Jornal da Tarde. Como publisher e executivo de comunicação criou as revistas Imprensa e Radar, a edição paulista do jornal O Pasquim, a newsletter Deadline – sobre negócios da comunicação, o Jornal do Norte de Manaus e o site JD. Como produtor independente ou nas emissoras em que trabalhou, concebeu e dirigiu 61 documentários, além da série Retrovisor.
Fim do Prazo de Licenciamento:
20/02/2027
EPISÓDIOS
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1 - EPISÓDIONo episódio de estreia, as atrizes se encontram no teatro do Sesc Consolação para preparar os monólogos de cinco mulheres históricas do Brasil. As conversas nos bastidores revelam suas reflexões sobre os desafios de interpretar essas figuras, intercaladas com trechos dos monólogos e análises de especialistas. Lucienne Guedes assume o papel de Anita Garibaldi, heroína revolucionária. Custódio Rosa, cartunista, e Fernanda Aparecida Ribeiro, professora, discutem a complexidade de Anita, enquanto trechos do monólogo destacam sua evolução de jovem esposa a mulher de armas. Helena Miguel interpreta Nair de Teffé, primeira caricaturista mulher e ex-primeira-dama do Brasil. Camila Galetti, socióloga, e Fátima Hanaque, historiadora, comentam sobre a ousadia de Nair, mostrando-a como uma mulher à frente de seu tempo. Cybele Jácome retrata Maria Quitéria, heroína da Guerra de Independência da Bahia. As discussões destacam como sua imagem foi usada politicamente, com Nathan Gomes, historiador, e Rosa Symanski, escritora, oferecendo insights sobre sua figura. Ana Markun dá vida à Marquesa de Santos, amante de Dom Pedro I. O episódio revela as nuances de sua personalidade, com a historiadora Mary Del Priore e o pesquisador Paulo Rezzutti discutindo seu impacto na corte imperial. Dalma Régia interpreta Chiquinha Gonzaga, compositora e ativista. Edinha Diniz, biógrafa, e Ana Carolina Ministério, historiadora, analisam sua trajetória de vida e sua luta pelos direitos dos artistas.
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2 - EPISÓDIOO segundo episódio continua explorando as vidas de Chiquinha Gonzaga e Nair de Teffé, mesclando diálogos, monólogos e depoimentos. Dalma Régia reflete sobre Chiquinha Gonzaga, destacando sua pioneira contribuição à música brasileira. Edinha Diniz e André Salles Coelho, compositor, discutem sua importância na formação da identidade musical do Brasil, enquanto os monólogos capturam a intensidade de sua trajetória. Helena Miguel revisita Nair de Teffé, com depoimentos de Camila Galetti e Pedro Corrêa do Lago que sublinham sua influência cultural e política, especialmente no famoso sarau onde tocou "Corta-Jaca". As discussões exploram como Nair desafiou as normas sociais, ao mesmo tempo que permanecia enraizada na aristocracia.
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3 - EPISÓDIOO terceiro episódio é dedicado à Maria Quitéria, interpretada por Cybele Jácome. As atrizes discutem nos bastidores a transformação de Quitéria em uma heroína nacional, enquanto trechos dos monólogos mostram sua coragem. Nathan Gomes e Raphael Pavão Rodrigues Coelho, historiadores, discutem como a memória de Quitéria foi moldada para servir a diferentes agendas políticas. Os depoimentos e conversas revelam a complexidade de sua história e o papel das mulheres na guerra.
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4 - EPISÓDIOEste episódio retorna a Nair de Teffé, com Helena Miguel refletindo sobre o desafio de interpretar uma figura tão multifacetada. As discussões nos bastidores abordam a dualidade de Nair, que navegou entre a elite e a cultura popular. Camila Galetti e Pedro Corrêa do Lago aprofundam a análise sobre sua influência, particularmente no evento "Corta-Jaca", enquanto os monólogos revelam as tensões entre sua rebeldia e suas raízes aristocráticas.
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5 - EPISÓDIONo episódio final, Lucienne Guedes interpreta Anita Garibaldi. As atrizes e especialistas discutem como a imagem de Anita foi mitificada ao longo do tempo, especialmente pelo fascismo italiano. Mary Del Priore e Dimas Oliveira Junior analisam a transformação de Anita em um símbolo nacional, enquanto os monólogos capturam sua essência de coragem e sacrifício. As atrizes refletem sobre os desafios de representar essas mulheres cujas histórias foram narradas predominantemente por homens. Este episódio final reforça a importância de revisitar e reavaliar essas figuras históricas à luz do presente, reconhecendo a complexidade e o impacto duradouro dessas mulheres na história do Brasil.