No PASSADO (teaser), DJALMA, vinte e poucos, cabelos curtos, um soberbo que se acha um dos melhores publicitários de Belém, e que entende que a cidade é pequena pra ele, termina um layout para um trabalho da faculdade, com a ajuda de GORDO, seu amigo de infância, idealista e apaixonado pelo trabalho; e de sua namorada CARLA, bonita, inteligente, carinhosa e madura para a idade (muito mais madura que os dois garotos). Djalma está empolgado com sua viagem para São Paulo, após a formatura. Acredita que vai dominar o mundo. O layout fica pronto e realmente é espetacular. No PRESENTE (dois anos depois), Djalma, agora com 25 anos e cabelos mais compridos, estilo afro, volta a Belém sem um tostão no bolso e descobre que sua antiga casa está um caos: seu pai, MAGALHÃES, 50 anos, técnico em eletrônica aposentado por invalidez, homem teimoso, amargo e ansioso, está trancado em sua oficina no cômodo nos fundos da casa, sofrendo com agorafobia extrema. Ele se comunica com o mundo exterior através de um velho par de walkie talkies. E MIGUEL, irmão de Djalma, 14 anos, garoto inteligente, mas revoltado, cuida da casa e do pai e está praticamente se criando sozinho. Abalado e deprimido, Djalma se senta na sala. Miguel aparece e o questiona: “O quê está fazendo aqui?”. O pai também se irrita com sua volta. Djalma não é bem-vindo em casa. Djalma recebe um telefonema de São Paulo: passou na primeira fase de um processo seletivo em uma grande agência de publicidade. A próxima fase é uma videochamada para conversar com a responsável do RH da empresa. Porém, na casa de Djalma não tem internet. Ele tem um dia para conseguir arrumar uma conexão rápida e não dar mole na entrevista. Djalma recorre a uma ONG (de atuação sociocultural) de sua comunidade. É semana de eventos de carnaval e todos estão de máscara. Consegue a senha com a secretária. Porém, Gordo trabalha lá e os dois não estão nos melhores termos: há uma conversa que mais parece um confronto. Gordo dá a letra: “Carla não quer te ver nem pintado de ouro. Nem eu”. Djalma então vai a uma Lan House. Embora o ambiente seja impróprio para uma entrevista de emprego, pelo menos ele consegue pesquisar um vídeo no Youtube que ensina a descobrir a senha do vizinho. Em casa, Djalma tenta se reaproximar do irmão, inclusive arrumando a casa e preparando a janta, mas Miguel não lhe dá espaço. Até que Djalma revela que conseguiu hackear a senha do vizinho e os dois têm um breve momento de “conexão”. Porém, no dia seguinte, na entrevista, Djalma é interrompido por Miguel e sua galera, que chegam em sua casa fazendo baderna. Djalma discute com Miguel e consegue algum sossego, mas depois perde a ligação com a entrevistadora porque Miguel e seus amigos utilizam a internet “roubada” e Djalma fica sem conexão. Desesperado, Djalma volta à ONG, rouba uma máscara, se mistura aos brincantes e entra disfarçado 3 para não chamar a atenção de Gordo, que está por perto. Ele consegue acessar a internet, fala novamente com a mulher do RH, que lhe dá uma segunda chance. Mas fica a pergunta: caso Djalma seja aprovado em todas as fases do processo seletivo (o que pode demorar semanas, até meses), ele vai ter disponibilidade para voltar a São Paulo e assumir sua função? Ou isto será um problema? “Problema nenhum!” Finalizada a entrevista, Djalma pesquisa sobre “situação de menor abandonado”, descobre o telefone do Conselho Tutelar e faz uma denúncia anônima sobre as condições em que vivem seu pai e seu irmão. HISTÓRIA A: Djalma quer fazer uma videochamada para conseguir um emprego em São Paulo (positivo). HISTÓRIA B: Djalma quer se reaproximar do irmão (negativo).

No PASSADO, Gordo apresenta Djalma ao dono de uma agência. Graças à insistência do amigo e ao seu portfólio, Djalma consegue seu primeiro emprego remunerado. No PRESENTE, o conselho tutelar vai até a casa de Djalma. Mas o tiro sai pela culatra: embora o conselho estabeleça metas para ajudar a família, dentro deste planejamento está o fato de que Djalma precisa assumir a tutela temporária de Miguel. A primeira missão é conseguir trabalho. A segunda, reunir com a coordenadora de Miguel na escola e ajudar o garoto a se recuperar, o que é difícil, pois Miguel não para em casa, pois se tornou um garoto incontrolável que não respeita o irmão mais velho. A terceira é convencer Magalhães a aceitar ajuda, mas o velho está irredutível, não sai da caverna de jeito nenhum. Djalma deixa seu portfólio e visita várias agências, mas não consegue nada. Começa então a trabalhar com “chens” (freelas de publicidade humilhantes para Djalma, como por exemplo fazer banner de aniversário de criança de um ano). Para ajudar Miguel (e a si mesmo), Djalma faz sozinho os trabalhos da escola para tirar o irmão da encrenca, mas Miguel leva bomba nas provas. No fim, Djalma descobre que não consegue emprego porque Gordo está queimando seu filme nas agências. De São Paulo, nada ainda. HISTÓRIA A: Djalma quer conseguir trabalho (positivo). HISTÓRIA B: Djalma quer recuperar Miguel na escola (negativo).

No PASSADO, Djalma e Carla estão apaixonados. Djalma sugere que, ao se formarem, tentem a vida em São Paulo. A princípio, Carla hesita, mas concorda em fazer planos. No PRESENTE, pressionado pelo conselho tutelar, Djalma precisa convencer seu pai a começar o tratamento. Mas o velho está irredutível. Enquanto isso, sem emprego, Djalma corre atrás de mais um freela: uma campanha para a divulgação de uma empresa de segurança. Acontece que ele precisa disputar o job com Carla, que mira o mesmo cliente. Djalma tenta se antecipar e chegar primeiro para apresentar sua campanha, mas Carla (que já conhece as artimanhas do ex-namorado, “o bom e velho Djalma de sempre”) prevê a passada de perna e chega ainda mais cedo. Carla, além de ser uma influencer de sucesso, é também mais flexível e muito menos esnobe que Djalma, o que acaba conquistando a dona da empresa. Ela ganha a concorrência. Consequentemente, Djalma perde dinheiro. Também não consegue se reaproximar de sua ex. Ela não o destrata, mas não quer papo. Através dos brutamontes da empresa, Djalma consegue o contato de BICÃO, um vende-tudo do “Shopping Robalto”, para comprar um remédio tarja preta sem receita. Miguel encontra as pílulas e confronta Djalma, que se defende: era apenas um remédio para acalmar os nervos do pai e ajudá-lo a sair da caverna. Então, como o plano de drogar o pai foi por água abaixo, a única maneira de tirar Magalhães de seu isolamento é mentir: se ele aceitar o tratamento, Djalma fica de vez em Belém. Assim, Magalhães dá os primeiros passos fora de sua “caverna”. Secretamente, Djalma comemora as novas de São Paulo: passou para a próxima fase do processo seletivo. HISTÓRIA A: Djalma quer conseguir trabalho (negativo). HISTÓRIA B: Djalma quer tirar seu pai da caverna (positivo).

No PASSADO, Djalma e Carla fazem uma surpresa e levam Miguel ao seu lugar preferido: um fliperama! Os três se divertem jogando juntos. Depois, levam Miguel para comer uma senhora fatia de bolo de chocolate. Diante da alegria do irmão, Djalma fala para Carla que conhece Miguel “como a palma da sua mão”. No PRESENTE, a próxima fase do processo seletivo é um bate-papo com um diretor de criação gringo, supostamente um profissional muito sério. Djalma não é fluente em inglês e precisa impedir que o pai e Miguel descubram que continua na raia do trampo em SP. Como não pode atender a ligação em casa, pois seu pai já saiu da caverna e perambula pelo ambiente, Djalma decide atender no trabalho. Para manter o irmão por perto, longe de problemas, Djalma o convida para participar de uma campanha publicitária que ele está fazendo para o TIO BOLINHA, um palhaço animador de festa de criança, que na frente das crianças é o amigão da galera, mas por trás é uma pessoa horrível que maltrata os assistentes. Ao trabalharem juntos, Djalma e Miguel acabam acentuando suas diferenças, discutindo sem parar, o que atrapalha no desenvolvimento da campanha. Por fim, Miguel abandona o trabalho. Na confusão, Djalma pega por engano o celular do Tio Bolinha e vai embora atrás de Miguel, deixando o palhaço com o celular do Djalma. Ou seja, é Tio Bolinha quem atende a ligação do “Uncle Sam”. Os dois travam uma conversa quase surreal, um se enrolando com o idioma do outro, até que Djalma volta, desesperado. Pra sua surpresa, acaba ganhando créditos com o gringo graças a sua “estratégia” para quebrar o gelo ao colocar um palhaço para conversar com ele. Ao final, Djalma conversa com Tio Bolinha, que admite que odeia crianças, mas ao entrar no palco é o palhaço que as crianças querem ver. Para ganhar o que você quer, você precisa mostrar para o mundo o que ele quer ver, não quem você realmente é. HISTÓRIA A: Djalma quer fazer uma campanha para o Tio Bolinha (positivo). HISTÓRIA B: Djalma quer fazer uma videochamada com o gringo (positivo). HISTÓRIA C: Djalma quer manter seu irmão por perto (negativo).

No PASSADO, Djalma, ainda criança (10 anos) faz um trabalho de arte para a escola e pede ajuda a Magalhães. O pai não o ajuda e faz um discurso do tipo “no mundo real, é cada um por si”. No PRESENTE, Djalma vai com Miguel ao conselho tutelar pela primeira vez, em busca de orientação. Ao invés de sua natural soberba, põe a máscara da humildade. Lá, a orientadora aconselha Miguel a visitar junto com ela o Abrigo Para Menores. Além disso, ela informa que o conselho tutelar entrou em contato com alguns parentes, mas ninguém se dispôs a ajudar. E se a situação da família continuar assim, ela vai encaminhar ao juizado um relatório negativo. Então, Djalma decide ele mesmo procurar ajuda. Vai à casa de Gordo, onde não é bem recebido pelos pais do garoto. Mas Djalma está disposto a tudo e abre o coração sobre a situação de sua família – coisa que nunca foi de seu caráter, uma vez que é muito orgulhoso. O casal se sensibiliza e fornece alguns endereços, algumas pistas. Djalma procura pela cidade, até que encontra a irmã de Magalhães, TIA EDNA, já idosa e senil, em um asilo. Djalma faz um vídeo com ela para mostrar ao pai. Em casa, Magalhães assiste ao vídeo e se emociona, ele se toca que pode acabar como a irmã, doente e sozinha. Diz que vai começar o tratamento pra valer. Enquanto isso, no Abrigo Nossa Senhora, Miguel tem um choque de realidade do que o espera, caso não colabore com o irmão. HISTÓRIA A: Djalma quer ajuda para o pai começar o tratamento (positivo). HISTÓRIA B: Miguel quer provar que tem coragem para enfrentar seu destino no Abrigo Para Menores (negativo).

No PASSADO, o universitário Djalma monta um grupo com Gordo e Carla para fazer um documentário sobre o “Cronista das Ilhas”, ídolo do Gordo, um escritor recluso que mora em uma das ilhas que cercam Belém. Mas o trio chega a um beco sem saída nas ilhas, são barrados pelo “porteiro”. Eles precisam deixar um tributo, mas não sabem o que é (não é dinheiro). No PRESENTE, Djalma leva Magalhães, que já iniciou uma medicação, para uma consulta no Centro de Referência de Psiquiatria de Belém (HC). Enquanto espera, ouve o podcast do Gordo e tem a ideia de conseguir uma entrevista com o “Cronista das Ilhas”. Já em casa, Djalma prepara vários leiautes tipo “cartões postais” inspirados no trabalho do Cronista, pega um barco e atravessa para as ilhas. O pai continua a medicação e fica em casa com Miguel, que toma conta do velho enquanto estuda para as provas. Nas ilhas, após muita dificuldade, Djalma escapa do beco sem saída: passa pelo porteiro ao mostrar os cartões. Djalma encontra o Cronista das Ilhas e lhe dá os cartões postais, como uma forma de agrado. Embora aceite o presente, o homem se recusa a dar a entrevista para Gordo. Mais uma vez, Djalma abre o coração e explica o motivo pelo qual Gordo o odeia: Djalma roubou uma ideia de Gordo e ganhou uma concorrência onde ambos eram rivais. O Cronista, então, dá para Djalma o manuscrito de uma crônica inédita. De volta a Belém, Djalma dá o manuscrito para Gordo e diz que sente muito. Os dois não fazem as pazes, mas agora há esperança. Em seu podcast, Gordo lê o texto do Cronista das Ilhas, que fala sobre recomeço e segundas chances. Enquanto isso, Magalhães sai de casa à revelia de Miguel, convencido de que já está bom o suficiente para ir ao supermercado. Mas, uma vez na rua, Magalhães não resiste e tem um piripaque. HISTÓRIA A: Djalma quer se reaproximar de Gordo (positivo). HISTÓRIA B: Magalhães quer provar que pode sair de casa sozinho (negativo).

No PASSADO, Magalhães manda Djalma e Miguel arrumarem a casa. Porém, Djalma tem encontro marcado com Carla. Ele engana Miguel, que tem que limpar sozinho a cozinha, e escapa. “No mundo real, é cada um por si.” No PRESENTE, Djalma precisa cuidar de seu pai, que está acamado em casa. Mas, Djalma é chamado com urgência para uma entrevista de emprego em uma agência pequena. Ele deixa o pai com o irmão e vai para a entrevista. Enquanto isso, o conselho tutelar faz uma visita surpresa à escola de Miguel e descobre que o garoto faltou à prova. Djalma descobre que foi indicado por Gordo e é inserido imediatamente nesse projeto, pois há uma demanda de uma campanha para concorrência e o prazo é apertado. Djalma faz várias propostas de ideias, mas os patrões não aprovam e Djalma quase perde o trabalho logo no primeiro dia, por causa de sua soberba! O consolo é que o RH de São Paulo pede que Djalma mande por e-mail um pré-contrato assinado. Às escondidas, Djalma usa o equipamento da agência para imprimir, assinar, escanear e mandar o pré-contrato. A orientadora do conselho liga para Djalma, que inventa uma desculpa qualquer para a falta de Miguel na escola. Ela o informa que vai passar em sua casa. Djalma quer impedir que o conselho veja a situação de seu pai e pede para sair mais cedo por questão de doença do pai, procurando empatia, comprometendo-se a mandar o trabalho ainda hoje para os novos patrões. Quando Djalma chega em casa, é tarde demais: o conselho já passou por ali, conversou com Miguel e viu Magalhães, que mandou todos às favas, não quer mais saber de tratamento nenhum. À noite, Djalma trabalha para mandar a campanha. E Miguel descobre o pré-contrato de São Paulo, assinado e datado. HISTÓRIA A: Djalma quer um emprego (positivo). HISTÓRIA B: Djalma quer evitar que o conselho visite sua casa (negativo).

No passado, Djalma, Miguel e Magalhães preparam uma festa surpresa para Alvira, a mãe dos garotos. Magalhães reclama que ela nunca para em casa. Finalmente, Alvira chega e é recebida com festa pelos filhos. Magalhães segue de cara fechada. No PRESENTE, Miguel sai cedo de casa, uniformizado, mas, no portão da escola, passa reto. Tem outros planos. É abordado por DOCA, 17 anos, o mandachuva da turma, garoto cuja regra é quebrar regras. Mesmo a contragosto, Miguel vai com Doca e os amigos para um rolê por Belém, à procura de diversão. Em seu estúdio na ONG, Gordo entrevista o NINJA, 30 e muitos, um entregador que é figurinha carimbada na periferia e que trabalha com uma máscara estilo “ninja” (ele aparece casualmente na série, uma figura misteriosa das ruas de Belém. Aparece principalmente quando Djalma coloca sua “máscara”). Gordo quer revelar a verdadeira identidade do homem, e acaba descobrindo que o Ninja é quase um filósofo observador da vida e da identidade da perifa. O papo é sobre a periferia e sobre Belém, cidade cheia de camadas, onde as pessoas usam máscaras o tempo todo. As perguntas giram em torno de “quem é você de verdade”. Enquanto isso, Miguel e sua turma passeiam pelo Ver-O-Peso, pela orla, pelas praças. A todo instante, Miguel diz que precisa ir, mas Doca sempre o impede. Até que encontram um grupo de dança em uma praça, fazendo coreografias. Uma das “dançarinas” é MEL, 15, bonita e sonhadora, que logo desperta interesse em Miguel, mas não está a fim de joguinhos e pede para que Miguel seja ele mesmo (ele está tentando parecer com Doca), e o faz refletir sobre quem ele é de verdade. Todos os adolescentes – agora são muitos – vão a uma batalha de rap. Miguel, de maneira inesperada, participa de uma batalha. A rima é sobre quem de fato Miguel é: um garoto assustado que sente o peso do mundo em suas costas. Miguel se despede de uma vez do grupo, mas antes, dá uma flor para Mel. A outra é para o túmulo de sua mãe. No cemitério, encontra Djalma, que esperou por ele o dia inteiro. Seu emprego novo está por um fio e o conselho tutelar mandou o relatório ao juizado. Os irmãos precisam reverter a situação, ou Miguel será recolhido para o abrigo. Friamente, Miguel revela que já sabe do trabalho em Sampa. No estúdio, o Ninja tira a máscara e revela outra máscara por baixo. Sua identidade permanece um mistério. “Só eu sei quem sou. Temos camadas que não se revelam.” HISTÓRIA A: Miguel quer visitar o túmulo de sua mãe (positivo). HISTÓRIA B: Gordo quer revelar quem é o Ninja (negativo).

No PASSADO, Djalma e Carla têm uma discussão brutal porque Carla desiste de ir para São Paulo às vésperas da viagem. O motivo é que sua irmã está grávida e vai ser mãe solo. Djalma se sente traído e está furioso, fazendo Carla chorar. No PRESENTE, Miguel extravasa verdades na cara de Djalma no cemitério, até que Djalma interrompe a conversa porque o RH de São Paulo lhe faz uma ligação e ele não pode deixar de atender. Enquanto Miguel vai embora, Djalma recebe a notícia de que a penúltima etapa do processo seletivo é a criação de uma campanha para um problema de comunicação hipotético: uma marca de produtos de higiene precisa ser reposicionada no mercado após o vazamento de um vídeo com testes em animais. O prazo é de um dia. Na manhã seguinte, Djalma está cedo na agência onde está empregado, mas trabalha no job de São Paulo. Com duas campanhas grandes e completamente diferentes em suas mãos (a concorrência da agência de Belém e a campanha para São Paulo), e fazendo uma delas às escondidas dos patrões, Djalma mal tem tempo de ir ao banheiro. Desliga o celular para ignorar as ligações de Miguel, de Magalhães e do conselho tutelar. No fim do dia, consegue mandar a campanha de São Paulo (é o mesmo produto testado em animais, porém com nova embalagem...), mas os patrões descobrem e Djalma é demitido. Ao ligar o celular, o mundo desaba. Djalma corre pra casa e se depara com uma confusão: há carro de polícia e ambulância. Estão levando seu irmão para o Abrigo Para Menores e seu pai teve um colapso. Djalma luta, discute, mas está feito. Djalma recebe uma ligação do RH de São Paulo informando que passou para a última fase: precisa fazer uma última campanha. No fim, Djalma vai ao encontro de Carla implorar por ajuda. HISTÓRIA A: Djalma quer mandar a campanha para São Paulo (positivo). HISTÓRIA B: Djalma quer manter o emprego em Belém (negativo).

No PASSADO, Djalma vai embora brigado com o pai e sem se despedir de Miguel. No PRESENTE, Carla entrevista Djalma em uma live para o seu canal no Youtube. Djalma engole todo o orgulho que lhe resta e explica tudo o que está acontecendo em sua casa, desde sua partida atrás de um sonho em São Paulo, o motivo por ter voltado (“Eu não era bom o bastante...”) até o momento em que levaram Miguel. A intenção é mobilizar a opinião pública para que Miguel volte para casa (#LevemMiguelParaCasa). Djalma também pede publicamente desculpas à Carla e ao Gordo. Depois, vai ao conselho tutelar para conversar com a orientadora, mas a questão não está mais em suas mãos. Djalma visita Miguel no Abrigo e diz que vai tirá-lo de lá, precisa de tempo. Eles fazem um vídeo para as redes sociais e Djalma diz: “Vamos te tirar daqui”. Depois, Djalma leva o pai de volta para casa. Magalhães está muito abatido, mas Djalma lhe dá forças e convence o pai a continuar o tratamento (“A gente precisa do nosso pai de volta”). Faz outro vídeo. Vai à agência onde foi demitido e pede para ficar mais alguns dias para terminar a campanha. Não precisam pagar nada, só não quer deixar um trabalho pela metade. Passam-se os dias e Djalma vai com o pai a uma audiência do juizado. Magalhães, já mais recomposto, toma a frente da conversa e assume a responsabilidade sobre Miguel diante do juiz. O juizado também está comovido pela mobilização nas redes sociais: o caso dá o que falar. Porém, a lei deve seguir seu curso natural. Na agência, Djalma apresenta um trabalho incrível aos patrões, que ficam encantados. Também conhecem a #LevemMiguelParaCasa e oferecem o trabalho de Djalma de volta. DOIS MESES DEPOIS, Miguel é recebido pelo irmão e pelo pai com festa, a casa está arrumada e limpa, como a casa de uma família normal. Os três jantam como há muito não faziam, e é neste momento que Djalma pede perdão aos dois pela primeira vez por ter deixado a família do jeito que deixou. Um brinde sela a reunião da família, mais um vídeo é feito. Numa manhã, ao acordar cedo, Miguel é surpreendido ao ver Djalma de malas prontas na sala, esperando por ele. (Flashback: Djalma, após a ambulância levar seu pai, conversa com a agência de SP, dizendo que a última etapa é realizar uma campanha para se autopromover: Você é o produto. Djalma transformou a situação de sua família em uma campanha para ganhar a vaga. Ele se vende como um homem que se importa com a família). Os dois se despedem sem dizer palavras. HISTÓRIA A: Djalma quer reunir a família de novo (positivo). 13 HISTÓRIA B: Djalma quer voltar para São Paulo (positivo).