Teóphilo Ottoni - A Revolução
A minissérie, em cinco capítulos, retrata o processo da “maioridade” do Brasil no II Reinado. No ano de 1842, a Revolução Liberal liderada em Minas pelo então jovem deputado Teófilo Benedito Ottoni, se arrasta pelas ruas da capital da província. Apresentada pelo fim, a série reconstitui a história a partir da memória do seu líder, o Capitão da Casaca Branca, em três momentos: o julgamento, a prisão e a revolução.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
10
GÊNERO:
Ficção
REGIÃO:
Sudeste
NÚMERO DE EPISÓDIOS:
5
DURAÇÃO MÉDIA DOS EPISÓDIOS:
26
DIREÇÃO:
: José Sette
SOBRE A DIREÇÃO:
JOSÉ SETTE: O diretor, roteirista, diretor de fotografia, montador e, mais recentemente, pintor e poeta José Sette de Barros iniciou sua trajetória no cinema em 1975, com o longametragem “Bandalheira Infernal”, um filme experimental em preto e branco, sem história, roteiro ou sinopse, guiado ao longo dos sete dias de filmagens apenas pelo sentimento da vida opressiva, paranoica e obsessiva dos perseguidos. Nos anos seguintes, dirigiu uma série de curtas-metragens, entre eles “Cidade da Bahia”, “Naturalista Krajcberg”, referente ao pintor, escultor, gravador, fotógrafo e artista plástico polonês Frans Krajcberg, naturalizado brasileiro; “Dr.Lund - O Homem de Lagoa Santa”, que conta a vida do cientista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, em seus anos de explorações e descobertas paleontológicas no Brasil. Em 1981, com “Um sorriso, por favor, - o mundo gráfico de Goeldi”, foi premiado como Melhor Filme e Melhor Montagem no XIV Festival de Cinema Brasileiro de Brasília e selecionado para o Festival de Oberhausen, na Alemanha; e “Encantamento de Camargo Guarnieri”, sobre a vida, a obra e o espírito do maestro e compositor Mozart Camargo Guarnieri. Atento observador e estudioso de personagens da história, José Sette dirigiu “A janela do caos”, sobre a obra do escritor modernista Murilo Mendes; “Labirinto de Pedra”, acerca da obra do escritor Pedro Nava; e eles; Dentre outros filmes que dirigiu, destacam-se “A Casa das Minas”, “Um Filme 100% Brazileiro”, ganhador do prêmio de Melhor Produção e Melhor Linguagem Cinematográfica no I Rio Cine Festival e selecionado para o Festival de Berlim, “Liberdade, ainda que tardia”, “Encantamento de Camargo Guarnieri” e “Quebranto”, seu último longa, de 2017. Pelo conjunto de sua obra, José Sette foi homenageado no Festival de Inverno de Ouro Preto, em 2009, com a exibição de seus filmes, e na Mostra Livre de Cinema, realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, com a exibição de 12 dos seus filmes.
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1 - PRIMEIRO MOVIMENTOO poder, eterno regente dos destinos e desatinos de uma nação, foi enfraquecido com a viagem de Dom Pedro I para Portugal. Com isso um nobre deputado Teófilo Benedito Ottoni, líder do movimento que republicano ousou modificar a história de Minas e do Brasil que transformou o panorama político do II Reinado, dando a Minas a oportunidade de lutar em defesa da liberdade, da democracia e da república momento em que eclodiram em todo o país movimentos revolucionários e republicanos.
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2 - SEGUNDO MOVIMENTOEm maio de 1842 Dividido entre o amor da bela e grávida esposa e a aventura de se fazer a Revolução, o jovem deputado Ottoni, decidido, resolve abandonar o quartel da saúde - uma vida digna, respeitada, de recém-casado, e sai, às escondidas, numa noite chuvosa, em direção a Minas. Foi informado por seu irmão Cristiano que a luta está em São Paulo e, que a rebelião de Minas consistia apenas de uma quartelada em Barbacena. Apesar do movimento ter perdido força pois os paulistas foram derrotados sendo estes sufocados pelo Barão de Caxias, os mineiros resistem. Ottoni foi para Minas Gerais juntar-se aos rebeldes republicanos e leva uma “mentira” estratégica afirmando que paulistas revolucionários, resistiram bravamente. Em toda parte de Minas renasce o fervor de velhos dias. O chamamento, mobilizou os batalhões de voluntários.... Daí o milagre, embora não preparada, a província se põe em armas.
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3 - TERCEIRO MOVIMENTOEm Barbacena as tropas rebeldes reunidas na praça, composta na sua grande maioria de civis voluntários em pequenos grupos, estão em frente do comando geral dos revolucionários mineiro. Ottoni recebido por Feliciano pensando no embaraços com o rompimento em Barbacena não lhes fornece apoio com munição, armamentos ou dinheiro. Nessa altura o único dos municípios que declarou enérgica e fortemente apoio foi o Município de Santa Bárbara, com todos os seus contingentes de homens, fortemente armados e treinados porém, Feliciano possuindo o conhecimento do rendimento dos paulistas pelo exército do Barão Caxias comunicou que o exército estava a cominho de Minas para encerar a revolução.
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4 - QUARTO MOVIMENTOA revolução se deu perto da Vila de Queluz. Soldados legalistas dominam as ruas e a praça fortemente armados prontos para receber os rebeldes. De um lado os revolucionários e do outro, em menor número, os legalistas numa violenta troca de tiros soldados legalistas propõem abandonas a cidade e se reorganizar para coordenar um contraataque porém Caxias pretende sustentar as forças dentro da vila. Os comandantes legalistas e mais uma grande quantidade de soldados recuam e se colocam na frente e no interior da Igreja Matriz e os rebeldes invadem totalmente a cidade. Os soldados legalistas se renderam e os rebeldes tiveram vitória em Queluz. Os planos seguintes são de seguir para Ouro Preto. Ottoni, notando o desatino se apoderar da tropa, tenta levantar a moral dos revolucionários. Feliciano propõe oferecer apoio para o ataque dos legalistas em Sabará. Os revolucionários desconfiados não acreditam plenamente no apoio de Feliciano. Ottoni está entre os revolucionários atirando, combatendo.
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5 - QUINTO MOVIMENTOCaxias, somente em véspera de ser envolvido pelas forças rebeldes, ordena a retirada. A vitória sorri ao sol de Santa Luzia para o resto esfarrapado do exército revolucionário porém um acontecimentos revela-se de forma surpreendente, fazendo virar, de modo súbito, incrível, a balança da vitória. O Governo legal, exercido com a força e o respeito da Província, está ainda de pé, e a capital bem guarnecida pelos numerosos e bravos soldados que a defendem esperava pelos revolucionários mesmo sem a tão esperada presença do Barão de Caxias mas comandados pelo seu irmão . Caxias, que recebe a informação de que seu irmão atacava Santa Luzia, retrocede com suas tropas e contra-ataca. Os revolucionários ficam então cercados por dois fogos legalistas. O Tenente que comanda a coluna legalista e agora avança em direção ao último foco de resistência comandado por Ottoni. Os revolucionários são rendidos. Ottoni se arrepende de ter pedido tempo, depois da vitória de Queluz, com conversas inúteis de negociações com o Governador e não ter seguido direto para Ouro Preto. Com o casamento de Dom Pedro, o governo anistiou todos os revolucionários menos o seu mais exaltado líder. Inicia-se a batalha de Ottoni no Tribunal. Ottoni explana ao júri sobre os propósitos da revolução e depois de muita argumentação e protestos de ambos os lados Ottoni é inocentado. Vozes das pessoas que lotam o tribunal gritam de alegria. Carlota com o filho no braço sorri e chora ao mesmo tempo. Ottoni, livre, caminha para a plateia. Ottoni tenta se encontrar com Carlota e fica impossibilitado pela quantidade de pessoas que querem lhe cumprimentar. Aproxima-se dele o Cônego Marinho. O jornal do dia passa de mão em mão. Sua esposa com uma criança no colo se aproxima de Ottoni. Ottoni, visivelmente emocionado, olha para sua família;