Visto Para Amar
Visto pra amar” é uma série documental com 10 episódios de 26min que aborda a perseguição sofrida por pessoas LGBTQIA+ que são obrigadas a deixar seus países de origem por sofrerem com a privação de seus direitos humanos relacionados à identidade de gênero e orientação sexual.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
14
GÊNERO:
Documentário
REGIÃO:
Norte
NÚMERO DE EPISÓDIOS:
10
DURAÇÃO MÉDIA DOS EPISÓDIOS:
26
DIREÇÃO:
Kécia Garcia Ferreira e Wertem Nunes
SOBRE A DIREÇÃO:
Kécia Garcia Ferreira: é produtora, roteirista, diretora audiovisual e parecerista de projetos culturais. Sócia da Tocantins Filmes, atua como Conselheira da Setorial do Audiovisual no Conselho Estadual de Cultura do Tocantins e no Conselho Municipal de Cultura de Porto Nacional. Publicitária de formação (UFG, 2006), com graduação em Administração (Anhembi Morumbi, 2019), Contabilidade (UFT, 2025) e Letras – Inglês (Uniasselvi, 2025), é Mestre em Comunicação e Sociedade pela Universidade Federal do Tocantins (2019). Com mais de 16 anos de experiência, participou da produção de mais de 100 episódios do reality show americano Survivor, em produções internacionais realizadas na América Latina, Ásia e Oceania. No Brasil, trabalhou em longas como O Nome da Morte, O Pastor e o Guerrilheiro e O Barulho da Noite, e produziu e dirigiu as séries Skate a Mais de 100 (Canal OFF), Visto para Amar e Massinhas (TV Brasil), Em Cantos (TV Cultura), entre outros curtas e projetos para televisão. Foi parecerista em editais estaduais e presidente de comissão de avaliação de projetos culturais em editais municipais. É responsável por mais de R$ 7 milhões captados em recursos públicos para o setor cultural nos últimos seis anos, somando mais de 30 projetos aprovados nas áreas do audiovisual, literatura e música. Wertem Nunes: com mais de duas décadas de experiência no setor audiovisual, Wertem Nunes Faleiro é um profissional multifacetado com formação em Mestrado em Performances Culturais e especialização em Artes Visuais. Sua expertise em assistência de direção é evidente em projetos de destaque como o telefilme "Levanta Regiane", já exibido pela TV Globo em cadeia nacional, "Caducando de Amor" (aguardando lançamento nacional), e o longa-metragem de ficção "Ermo", atualmente em fase de finalização. Além de sua atuação na direção, Wertem consolidou-se como roteirista, assinando a série documental "Visto para Amar", em exibição na TV Brasil, e "Tocantins em Cena". Sua vasta experiência abrange também a exibição e curadoria, tendo atuado como exibidor/programador no SESC, integrante do corpo de Júri da Mostra de Cinema SESC de Parati em 2019, e na coordenação de tráfego e exibição de importantes festivais de cinema, incluindo o Fronteira, o Lanterna Mágica e o GIFF (Festival Internacional de Cinema de Goiânia). Sua trajetória reflete um profissional dinâmico e com profundo conhecimento de todo o ciclo de vida da produção, distribuição e exibição audiovisual.
Fim do Prazo de Licenciamento:
22/07/2027
EPISÓDIOS
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1 - Jade – Tunísia/BrasilJade é um homem transgênero que nasceu na Tunísia. Ele teve uma infância alegre e uma boa relação com a família, até que na adolescência começou a ter conflitos por ter que usar as roupas tradicionais que as mulheres usam naquele país. Além dos conflitos religiosos, começou a se perceber como transgênero, buscou informações com professores, colegas, mas também teve problemas de discriminação entre os colegas de universidade que o fizeram abandonar o curso. Sua família o impedia de sair de casa, limitava o acesso a recursos financeiros, restringiam suas roupas e pessoas que antes eram amigas, chegaram ao ponto de sugerir para que ele se matasse. Foi obrigado a sair de casa. Procurou ajuda psicológica e psiquiatra, mas as leis do país não permitiam a transição. A saída foi vir para o Brasil onde ele pode ser acolhido por movimentos ativistas que o ajudaram a conseguir abrigo e emprego, além do acesso ao tratamento de transição garantido pelo SUS, e documentos com nome masculino que ele tanto almejava.
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2 - Keyllen – Colômbia/BrasilKeyllen é uma mulher cis, pansexual, que nasceu na Colômbia, formou-se em antropologia social nos EUA e hoje é consultora sênior de empresas que a contratam para implantação de políticas de equidade, diversidade e inclusão de populações sub-representadas. Além disso, faz parte da rede Milbi+ coletivo ativista que dentre tantas ações, recebe e acolhe refugiados LGBTQIAP+ no Brasil. Ela tem atuado junto a empresas, para acolher e inserir socialmente refugiados em empregos que não aqueles estereotipados para imigrantes. Assim ela contribui para que essas pessoas consigam ter cidadania e dignidade no país para o qual se refugiaram sem que fiquem em condições degradantes. Ela diz usar de seus privilégios para destruir privilégios que impeçam a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos os seres humanos.
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3 - Arthur – UcrâniaArthur é um homem homossexual que enfrentou bullying desde a infância na Ucrânia por ter vestido uma fantasia feminina quando era criança. Sofrendo ataques homofóbicos, a discriminação o acompanhou na escola e na faculdade, onde episódios de violência persistiram. Ao fugir para os EUA, viveu nas ruas até encontrar um relacionamento estável. Após o término devido a problemas do parceiro, enfrentou dificuldades para se manter nos EUA. Tentou viver na Suécia, sem sucesso, emigrou para o Brasil, onde perdeu tudo em um assalto assim que chegou. Busca se adaptar em abrigos, enfrenta barreiras linguísticas, mas sonha em contribuir para o país, trabalhando na área hoteleira e com assistência a idosos.
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4 - Lara – MoçambiqueLara é uma jovem lésbica que refugiou-se no Brasil após sofrer perseguição e ver amigas brutalmente assassinadas devido à homofobia em seu país. Constatando a impossibilidade de viver em segurança, ela fugiu com sua parceira Maira. No Brasil, Lara reconstruiu sua vida: graduou-se novamente em Tecnologia da Informação, abriu uma oficina de automóveis, e teve dois filhos com Maira. Além de escrever um livro sobre a causa da comunidade, ela se dedica a projetos sociais e à militância, promovendo a inclusão e a implementação de políticas públicas de proteção aos direitos dos refugiados LGBTQIAPN+. Sua jornada é uma luta constante por segurança, cidadania e justiça.
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5 - Mido – Marrocos/BrasilMido é um homem cis homossexual e se percebeu assim desde a infância. Na adolescência começou a ter problemas, discriminação, medo de ser preso, violentado ou morto pela população que tem anuência das autoridades para cometer atos violentos contra a população LGBTQIAP+ desprotegida pela legislação do país. Viu amigos sofrerem violência por serem “afeminados”. Quando sua família descobriu sobre sua orientação sexual, passou a ficar trancafiado em casa, sentia paranoia, medo de sair às ruas, desenvolveu fobia de pessoas, tentou mudar de cidade, mas não resolveu. Percebeu que no Marrocos sua vida estaria sempre em perigo. Decidiu sair do Marrocos e vir para o Brasil numa viagem arriscada em plena política de restrição em razão do combate a pandemia de COVID-19. Ao chegar no Brasil, foi recebido pela Polícia Federal, acolhido por um ativista de uma ONG que ofereceu um trabalho para ele ter uma ocupação e um mínimo de estabilidade. Mostrando um pouco do seu cotidiano, Mido, conta sua trajetória para conseguir o status de refugiado e sua legalização no Brasil, assim como a luta para aprender a língua portuguesa, se exercitar e procurar ocupação que lhe dê alguma estabilidade.
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6 - Joana - SíriaJoana, uma jovem mulher lésbica da Síria, fugiu de bullying escolar, discriminação familiar e perseguição política. Após ser deportada dos EUA e sofrer os horrores da guerra civil, encontrou refúgio no Brasil. Apesar de montar uma start-up para cozinheiros refugiados, foi abandonada pelo sócio na crise da pandemia. Agora, vivendo em uma pequena kitnet, ela luta para se reerguer dando aulas de inglês online e recebendo ajuda de amigos, com quem trabalha em um novo aplicativo para pequenos comerciantes.
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7 - Davi e Armando - VenezuelaDavi, um jovem homossexual, enfrentou discriminação familiar na Venezuela por seu pai machista e homofóbico. Apaixonou-se por Armando, que abandonou família e cidade para lutar pelo relacionamento dos dois. Com o aumento das ameaças do pai de David, decidiram fugir juntos para a casa da avó de David no interior do país, atravessando a floresta amazônica de barco e a fronteira até o Brasil, a pé, em busca de segurança. Superando adversidades na jornada, hoje trabalhando em um hortifrúti, eles economizam para construir uma vida juntos numa favela do Rio de Janeiro.
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8 - Ildar – RússiaIldar é um bailarino premiado que foi forçado a deixar sua terra natal, a Rússia, por causa da intolerância contra sua homossexualidade, mesmo com todo o seu sucesso na dança. Após enfrentar ataques virtuais por sua orientação sexual, percebeu que seu futuro estava comprometido e fugiu em busca de um lugar onde pudesse dançar livremente. Vivendo no Rio com seu companheiro, eles batalham por empregos enquanto aguardam uma resposta para oportunidades de dança que podem finalmente reconhecer seu talento.
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9 - Sarah - MarrocosSarah é uma mulher transexual do Marrocos que refugiou-se no Brasil após ter sido vítima de perseguição devido à sua identidade de gênero e orientação sexual. Ainda adolescente, sofreu dois casos de violência sexual que deixaram cicatrizes em seu corpo e traumas inesquecíveis. Conheceu David e enfrentaram juntos as adversidades impostas por uma sociedade violentamente homofóbica. Após vivenciar novos casos de violência por partes de familiares e vizinhos, decidiram deixar seu país de origem em busca de uma vida mais segura. No Brasil, enfrentam desafios como o idioma e o desemprego, mas permanecem determinados a construir um futuro onde possam viver livres do preconceito.
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10 - David – MarrocosDavid é um jovem marroquino que refugiou-se no Brasil após enfrentar perseguição por se apaixonar por Sarah, uma mulher transexual. Sua família o obrigou a um casamento arranjado e o forçou a tomar remédios para consumar a relação sexual, resultando em sequelas cardíacas. Após ser agredido na rua por estar com Sarah, decidiu buscar refúgio no Brasil, onde encontrou a liberdade para viver seu amor e a oportunidade de reconstruir sua vida. Hoje ele faz bicos de motoboy, aprende o português, e finalmente vive em paz ao lado de Sarah, seu grande amor.