Voz da Pele
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capa da obra SINOPSE

Voz da Pele é uma série documental em cinco episódios que parte de discursos escravagistas e abolicionistas da mídia e de personagens do período próximo da Lei Áurea em 1888, ao mesmo tempo que narra a história de personagens negros protagonistas em suas lutas pela liberdade em revoltas quilombolas, na imprensa negra e nas ruas das cidades. A série discute como aquele período e aquelas vozes silenciadas e outras silenciadoras ainda ecoam nos dias de hoje, contando com depoimentos de importantes pensadores negros da atualidade como Muniz Sodré, Rosane Borges, Flavio Gomes, Katiúscia Ribeiro, Rosana Paulino, Ana Flavia Magalhães, Renato Nogueira, Alexya Salvador, Veronica Oliveira, Mônica Lima e Paco Gomes.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
10
GÊNERO:
Documentário
REGIÃO:
Sul
NÚMERO DE EPISÓDIOS:
5
DURAÇÃO MÉDIA DOS EPISÓDIOS:
26
DIREÇÃO:
Davi Pretto e Igor Verde
SOBRE A DIREÇÃO:
Davi Pretto (Porto Alegre, 1988) é roteirista e diretor. Desde 2009, escreveu e dirigiu oito curtas-metragens de ficção e documentário e os longas-metragens "Castanha" (Festival de Berlim 2014, Melhor Filme Novos Rumos no Festival do Rio 2014), "Rifle" (Festival de Berlim 2017, Prêmios da Crítica e Roteiro no Festival de Brasília 2016) e "Continente" (apoiado pelo Berlinale World Cinema Fund, com estreia prevista para 2024). Igor Verde é um contador de histórias nascido, criado e formado em um terreiro no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Esteve na equipe de direção de novelas como "Cordel Encantado", "Avenida Brasil" e "Malhação". Nas séries "O Brado Retumbante" e "Subúrbia"; no programa "Zorra" e na primeira temporada da série "Filhos da Pátria". Escreveu o programa "Lazinho com Você" e o documentário "Falas Negras" de 2021. Também criou, escreveu e dirigiu a série "Reencarne", com previsão de lançamento para 2025 no Globoplay. Escreveu para a Netflix as séries, ainda não lançadas, "Candelária" e "Fúria", esta última da qual também é criador. Realizou a supervisão de roteiro da série "O Negociador", da Amazon Prime Video, criou a série "Cidade de Deus", ainda não lançada, para a HBO Brasil e dirigiu a série "Capoeiras" da Star Plus, com previsão de estreia para 2025. No cinema, escreveu "Ó Paí, ó 2" (2023), "Casa no Campo" e "Barões detrás do morro". Seu primeiro livro, chamado "Viralizou", foi finalista do prêmio Jabuti 2023.
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    1 - Parte 01
    O episódio adentra o período da abolição da escravidão no Brasil, trazendo à tona visões desconhecidas do grande público, mostrando os paralelos daquela época com os dias de hoje no país. Discutindo o conceito de Voz, seus diferentes significados políticos e sociais no país, depoentes como a professora Rosane Borges e o historiador Flavio Gomes, questionam como produzir história e reflexão em um país complexo, racializado e racista como o Brasil. Em paralelo, o episódio narra duas histórias de personagens negros: Sandro Barbosa do Nascimento, sobrevivente da Chacina da Candelária em 1993 que sequestrou o Ônibus 174 no ano 2000 e Daniel Antônio de Araújo, ex-escravizado que organiza uma grande revolta quilombola no Maranhão em 1867.
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    2 - Parte 02
    Aprofundando sua investigação sobre as relações do Brasil atual e o Brasil do século 19, o episódio aborda o surgimento da imprensa negra em 1833 e sua importância para a luta pelo fim da escravidão, narrando a história de Francisco de Paula Brito, criador do jornal "O Homem de Cor". Acompanhamos também Desalmas, uma pessoa negra fotografada em meados de 1865 por Augusto Stahl, fotógrafo francês que tirava fotos sob encomenda para pesquisa que tentavam comprovar a superioridade racial branca. O poder da imprensa, da imagem e das representações são discutidas por nomes como a historiadora Ana Flávia Magalhães e a artista visual Rosana Paulino.
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    3 - Parte 03
    A terceira parte da série se volta para àqueles inescrupulosos que defendiam a manutenção da escravidão no Brasil. Investigando os ideais escravagistas e espelhando-os com argumentos presentes nos dias atuais, o episódio discute branquitude e privilégio, enquanto traz à tona o que pensavam os políticos que lutavam para que a abolição não fosse assinada. Com depoimentos como da historiadora Mônica Lima e a palestrante Verônica Oliveira, são revelados os motivos escusos que fizeram escravagistas mudarem de ideia e aceitarem o fim da escravidão, ao mesmo tempo que se discute os inúmeros casos de trabalho análogo à escravidão no país atualmente. O episódio narra também a história de Horácio Pacheco, homem negro mulçulmano preso e acusado erroneamente de feiticeiro no século 19.
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    4 - Parte 04
    A quarta parte da série se debruça sobre o dia logo depois da abolição, discutindo como a abolição não gerou até hoje a emancipação e como o racismo segue como pilar mantenedor da sociedade brasileira até os dias de hoje. Narrando histórias de personagens como da Comissão de Libertos de Paty de Alferes em 1889 e de Maria Lúcia Maurício em 1953, o episódio mostra como as lutas negras por direitos, justiça e reparação cruzaram as décadas. Os depoentes, como o sociólogo Muniz Sodré, discutem as particularidades do racismo brasileiro e o patrimônio da cor, elucidando ainda a estrutura que mantém as classes sociais racializadas no país totalmente apartadas.
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    5 - PARTE FINAL:
    A última parte da série escuta vozes do hoje, buscando saídas para mazelas da escravidão ainda presentes no país. Os depoentes discutem identidade, o poder da fala, ancestralidade, coletividade e afeto como formas de superar o racismo e a injustiça racial brasileira, enquanto o episódio final traz ainda relatos de pessoas negras que compartilham momentos em que tiveram orgulho de serem negros em suas vidas.